"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



segunda-feira, 27 de maio de 2013

A esperança vitoriosa da igreja!

Texto escrito por Jorge Himitian.


Que momento histórico estamos vivendo? Aquele a que se referia o Pai, quando disse: Senta-te à minha direita até que teus inimigos estejam sob os teus pés. Estamos nesse “até que”, nesse “enquanto”, no qual o Pai está colocando todos sob os pés do Filho.
Por essa razão estamos vendo um despertar espiritual em diferentes partes do mundo. Porque o Pai tomou alguns príncipes das potestades dos ares e os pôs sob os pés de Jesus. E continuará colocando outros até que não reste nenhum. O Pai disse e vai cumprir. Tudo estará sob os pés de Cristo, para que ele tenha pleno domínio. Mas o que representam seus pés? Pense um pouco. Cristo tem um Corpo. Qual? A Igreja!
Ele é a Cabeça e tudo o que estiver sob seus pés, a quem estará sujeito? Estará submetido à igreja! Aleluia! Levante-se, Igreja! Tome consciência da hora de Deus. Contemple tudo o que o Pai se propôs a fazer. Renda-se a Jesus Cristo! Entre com fé e espírito de vitória. Comece a brilhar. Tudo aquilo que a planta de seus pés pisar será seu. Ele assegura com sua palavra, porque nossos pés são os pés de Jesus. Somos o Corpo de Cristo. Quando esse Corpo se move sob a tutela da Cabeça, vai ali a Igreja triunfante, caminhando, pisoteando, esmagando e conquistando os reinos para nosso Senhor Jesus Cristo. Isaías teve essa visão do reino de Deus. De repente, do meio das trevas, nasceu uma luz.
Essa luz foi se tornando cada vez mais forte, até que ele não conseguiu mais olhar. Então profetizou: e o crescimento do seu império não terá limite. O reino de Deus está em plena expansão. Não vai ficar assim. Vai continuar crescendo. Glória a Deus! Ele está preparando seu povo agora, porque através de seu povo ele irá estender seu reino a todas as nações.

Porque as pessoas deixaram de cantar na igreja?


Por David Murrow.


Aconteceu novamente ontem. Eu participei de um culto em uma dessas igrejas contemporâneas “quentes” – e quase ninguém cantava. Os fiéis estavam obedientes, de pé enquanto a banda tocava música de rock, a maquina soltava fumaça e as luzes piscavam rapidamente. O texto estava sendo projetado na tela, mas quase ninguém cantava. Umas poucas mulheres tentavam acompanhar, mas eu vi somente um homem, além do dirigente, a fazer alguma tentativa.
Há alguns meses atrás eu fiz um blog intitulado “Os Cristãos deixaram de cantar?” “Have Christians Sto
pped Singing?” Eu fiz alguma pesquisa, e fiquei sabendo que o canto congregacional tem diminuído e aumentado durante séculos. Ele atingiu um ponto alto quando eu era jovem – mas a maré pode estar começando a minguar novamente. E isto poderia ser má notícia para os homens.
Antes, porém, lembremos rapidamente da história do canto congregacional: Antes da Reforma, os leigos eram proibidos de cantar na igreja. Eles deveriam ficar calados enquanto a música sacra era executada por profissionais (sacerdotes e “cantores”, que eram especialistas em canto litúrgico) tocava-se instrumentos complexos
, como o órgão de tubos, e cantava-se textos obscuros em Latim.) Os Reformadores trouxeram de volta o canto congregacional para ser cantado pelo povo. As melodias eram simples e fáceis de serem cantadas, e o texto era muito rico teologicamente. Como a grande parte do povo era analfabeta no século 16, o canto tornou-se uma forma excelente para o ensino das importantes doutrinas cristãs. As pessoas aprendiam a respeito de Deus enquanto cantavam tudo o que se deve e pode-se saber a respeito de Deus.
Um avanço tecnológico – a invenção da imprensa –
causou uma explosão do canto congregacional. O primeiro hinário foi impresso em 1532, e logo algumas dúzias de hinos se tornaram populares em toda a cristandade. Os hinários continuaram a crescer nos quatro séculos seguintes. Na metade no século 20 todas as igrejas Protestantes tinham um hinário de aproximadamente 1000 hinos, 250 dos quais eram frequentemente cantados. Na igreja de minha juventude, cada pessoa sempre podia apanhar um hinário disponível no banco e cantar cada estrofe de cada hino.
Cerca de 20 anos atrás, um novo avanço tecnológico - o computador, com a capacidade de projetar textos na tela
– começou a entrar nos santuários na América do Norte e no resto do mundo. De repente as igrejas podiam projetar o texto dos cânticos para todos acompanharem. Os hinários rapidamente se tornaram obsoletos. Os cristãos não ficavam mais limitados aos 1.000 hinos e cânticos recebidos do passado.
No início as igrejas simplesmente projetavam cânticos que todos conheciam – canções e alguns hinos simples de louvor que tinham surgido durante o “Jesus Movement”. As pessoas os cantavam com entusiasmo. Mas isto começou a mudar há mais ou menos 10 anos atrás. Os
líderes do culto de adoração entenderam que podiam projetar qualquer coisa na tela. Então eles começaram a trazer canções novas todas as semanas. Eles as tiravam do rádio, da Internet, das conferências, congressos e acampamentos. Alguns, mesmo sem treino algum, começaram a compor suas próprias músicas e a cantá-las durante o culto, e, além disso, vendê-las gravadas em CD’s na saída do templo.
Em pouco tempo, de 250 canções que todos conheciam, surgiram mais de 250,000 canções que ninguém conhece. Anos atrás, os líderes do culto preparavam a congregação de antemão
, para aprender os novos cânticos que seriam usados no culto. Eles diziam: “Agora nós vamos cantar um hino novo para vocês aprenderem. Nós vamos cantá-lo duas vezes, e depois gostaríamos que vocês o cantassem conosco.”
Hoje em dia não se faz mais isso. Frequentemente os cânticos mudam tão repentinamente que é impossível que alguém possa aprendê-los! As pessoas simplesmente não conseguem cantar algo que nunca ouviram antes. E nem ao menos existe a partitura da musica! Como é possível aprender a melodia?
Então a igreja voltou ao século 14. As pessoas ficam
mudas enquanto músicos de calibre profissional tocam instrumentos complexos, e cantam em uma linguagem obscura totalmente encoberta pelo som de alto-falantes acima do nível suportável. Martinho Lutero deve estar virando no caixão, em seu túmulo…
O que significa isso para os homens? No lado positivo, eles não sentem mais a pressão de que são obrigados a cantar na igreja. Os homens que têm dificuldade para ler e nem possuem grandes vozes, não precisarão mais ficar perdidos ao folhear os hinários, nem cantar textos antigos com palavras arcaicas, muito menos tentar solfejar a pauta
da música.
Mas o lado negativo é imenso. Os homens geralmente gostam de fazer as coisas e cantar era uma das coisas que podiam fazer juntos no igreja. Era uma excelente oportunidade para participar. Atualmente, com o desaparecimento do canto congregacional, a comunhão semanal desaparece, só resta uma maneira para, de alguma forma, os homens participarem do culto – que é no ofertório. Seria esta a mensagem que realmente queremos dar aos homens?: “Sente-se aqui, fique bem quietinho, e divirta-se com o show. E não se esqueça de nos dar o um
dinheirinho depois, viu”?
Talvez não haja nada de errado com o profissionalismo na igreja. O problema talvez nem seja a banda de rock, as luzes e a máquina que solta fumaça. A questão que estamos focalizando é a falta de familiaridade. Mesmo que o nosso intuito ao adorar a Deus não seja necessariamente o de agradar as pessoas, é natural que as pessoas apreciem ouvir ou cantar coisas que conhecem!
Como sabemos disso? Reparem quando uma banda “quente” executa um hino conhecido: o povo responde com prazer e todos cantam, até os homens!
“Why men have stopped singing in church”
Trad. J.W.Faustini

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Correndo atrás do vento...




“Assim, procurei descobrir o que é o conhecimento e a sabedoria, o que é a tolice e a falta de juízo. Mas descobri que isso é o mesmo que correr atrás do vento.” (Ec 1.17 NTLH). 
A história de comer vento e correr atrás do vento tem sido debatida constantemente por causa do livro de Eclesiastes, em que a expressão: “correr atrás do vento” aparece nove vezes (Ec 1.14, 17; 2.11, 17, 26; 4.4, 6, 16 e 6.9 - nas versões ARA e NTLH). Em algumas versões aparece a frase “aflição de espírito.” Que pensando bem tem um sentido melhor para o tema que gostaria de compartilhar aqui. Às vezes corremos atrás de muitas coisas, corremos atrás de novidades e as vezes corremos atrás de nada. Nos cansamos correndo atrás de realizações e infelizmente acabamos correndo atrás de multidões que no fundo não buscam nada. Consigo entender o conflito de Salomão aqui. Porque acabamos fazendo isso o dia inteiro, o ano inteiro e às vezes a vida toda. No fim chegamos a compreensão que continuamos vazios, mãos vazias, mente vazia e alma vazia, pois o vento nada mais é do que o ar em movimento. Nunca o alcançamos porque ele não para de correr e corre mais depressa do que nós. O profeta Oseias diz que Efraim alimenta-se de vento (Os 12.1), e esta refeição não é nada agradável. Precisamos com a ajuda de Deus, nos livrar desta mania de correr atrás do vento e nos empenhar em correr atrás de Deus. Ele não corre como o vento, pois Ele se deixa alcançar. Ele não é uma miragem, mas uma realidade. E sendo assim, me ligo a Ele com vontade, com firmeza, com disposição, pois n’Ele encontro esperança.
Minha ligação a Ele precisa ser como Jesus nos ensinou em João 15, precisamos ser ligados a Ele como os ramos são ligados à videira. Por meio desta ligação a seiva passa da videira para o galho, do galho para os brotos, dos brotos para os frutos (Jo 15.5). Minha ligação com o Senhor me torna membro de Seu corpo (1Co 12.27). Minha ligação com o Senhor me torna filho, como filho me torno herdeiro e também co-herdeiro com Cristo (Rm 8.17). Então consigo entender quando o salmista diz em seu canto que no Senhor eu encontro perfeita paz, repouso em pastos verdejantes e descanso junto a águas tranquilas (Sl 23). E consigo então compreender a natureza de meu chamado: Ser discípulo, para anunciar entre as nações a Sua graça e entre todos os povos as Suas maravilhas!!!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Amor e Hospitalidade



“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados. Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações.” (1Pe 4.8-9).  O sofrimento nos ajuda a manifestarmos terno amor pelas pessoas. O sofrimento produz em nós uma sensibilidade mais aguçada. Passamos a enxergar a vida e os outros com outros olhos. Tornamo-nos mais sensíveis, tolerantes, amáveis e generosos. O sofrimento ajuda a abrirmos o coração e a casa para ajudar os irmãos. O sofrimento nos torna mais solidários. As grandes campanhas humanitárias são promovidas por pessoas que passaram por perdas e grande sofrimento. Ao lermos o texto na carta de Pedro podemos destacar duas atitudes que como discípulos de Cristo precisamos colocar em prática: 
1. Ter um coração aberto para servir
“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.” (vs.8).
A palavra que Pedro usa para descrever este amor fraterno é ektenh/ektenē vocábulo grego que significa “aquilo que nunca falha.” Também traz a ideia do atleta que estica os músculos para dar o máximo de si na corrida. O amor cristão exige tudo o que uma pessoa pode reunir de suas energias espirituais, mentais e físicas. Significa amar aquele que não é digno de ser amado. Amar apesar da injuria e do insulto. Amar mesmo quando esse amor não é correspondido. É a espécie de amor que exige cada parte de nossas forças. Pedro afirma que esse amor precisa ser intenso na sua manifestação e protetor em sua atitude. O amor brilha como sol e protege como um escudo. Se o ódio cria contendas, o amor cobre as transgressões (Pv 10.12). Não devemos tomar a expressão “o amor cobre uma multidão” de pecados como uma doutrina sobre como o pecado é removido. A culpa e a penalidade do pecado só podem ser removidos pelo sangue de Jesus Cristo. Nem devemos usar essa passagem para justificar a falta de correção e a disciplina dos que pecam. Na verdade, devemos entender que o amor não é conivente com o pecado, mas não se deleita em expor o pecador.
2. Ser aberto a hospitalidade
“Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações.” (vs.9).
O termo grego que traduz hospitaleiros é filoxenoi/philoxenoi, que significa literalmente “amigo de estranhos.” A hospitalidade na igreja primitiva era vital tanto no aspecto da missão quanto da vida comunitária. Hospedar os missionários cristãos era tarefa muito importante e fundamental para que o cristianismo se espalhasse pelo mundo. Como não havia templos e todas as reuniões dos discípulos eram feitas em casas, a hospitalidade era também muito importante para a vida comunitária.
O cristão abre não apenas seu coração, mas também sua casa. O cristão é alguém que tem o coração aberto e a casa aberta também. Não basta abrir a casa aos irmãos, precisamos fazer isso com alegria e sem murmuração. O discípulo precisa ser hospitaleiro (Rm 12.13; Fm 1.22 e Hb 13.2). Paulo ensinou a Timóteo, que um dos requisitos do presbítero é ser hospitaleiro (1Tm 3.2). A hospitalidade na igreja primitiva era necessidade vital para o avanço missionário da igreja. As pousadas ou hospedarias eram muito caras, muito sujas e muito imorais. Sem hospitalidade os missionários itinerantes teriam de parar com suas atividades.
Concluindo, precisamos servir uns aos outros, de acordo com o dom que recebemos. Nosso propósito é abençoar os outros e edificar o povo de Deus. Nosso alvo é a glória de Deus, a exaltação de Cristo e a edificação dos irmãos. Como discípulos de Cristo e cidadãos do reino de Deus, precisamos ter o coração aberto, ter a casa aberta e as mãos abertas para servir.         

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Uma herança gloriosa



A salvação planejada na eternidade e realizada progressivamente em nossa caminhada cristã aponta para uma recompensa futura. Pedro escreve: “Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós...” (1Pe 1.4). Os discípulos de Cristo, chamados eleitos de Deus, remidos pelo sangue, santificados pelo Espírito e regenerados para uma viva esperança, têm a promessa de uma herança gloriosa. Segundo Pedro, podemos ver no versículo acima, quais são as características dessa herança que esta reservada nos céus para os salvos:
É uma herança incorruptível
A palavra “incorruptível” no grego é afqarton / aftharton, significa algo que não perece, não apodrece, não se deteriora. Podemos entender aqui, que a palavra incorruptível no original nos dá a ideia de não conter sementes em deterioração, algo que não está contaminado. Podemos entender ainda, que é algo que não foi assolado por nenhum exército inimigo.
É uma herança imaculada
Imaculada, do grego amianton / amianton, traduzida por sem mácula, incontaminável, que significa algo absolutamente limpo, sem nenhum tipo de sujeira ou de contaminação que possa levar a uma posterior degeneração.
É uma herança imarcescível
A palavra grega amaranton / amaranton, traduzida por imarcescível, significa inalterável. É mais aplicada a coisas da natureza, representando na poesia “uma flor que nunca murcha nem perde a sua beleza.” Em vez de murchar, ela permanece num frescor perpétuo, que nunca se deteriora quanto ao seu valor, graça e beleza. Sendo assim, nossa esperança não é vaga e incerta, mas definida e garantida em Cristo Jesus, pois, aquele que começou a fazer a boa obra em nós há de completá-la até o dia final (Fp 1.6).