"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Coração pastoral


Na carta pastoral de Paulo a Filemon, podemos ver um manual de relacionamentos, pois ela trata de amor, perdão, restituição e reconciliação. Seus ensinos continuam vivos, atuais e oportunos até nossos dias. Por isso, é importante destacar algumas questões que Paulo trata nesta carta e aplicar em nossas vidas:
1. Paulo destaca o relacionamento de Filemon com Deus e com os irmãos (vs. 4-5). Paulo agradece a Deus em oração pelo relacionamento de Filemon com Jesus e com os irmãos. Filemon tem fé em Jesus e amor pelos irmãos.
  • Qual foi a última vez que você agradeceu a Deus pela vida de uma pessoa e disse isso para ela?
  • Às vezes só enfatizamos os pontos negativos na vida do discípulo, e nos esquecemos de elogiar os pontos positivos.
2. Paulo destaca que a fé que Filemon tinha era demonstrada pelas obras (vs. 6). Filemon tinha uma fé operante. Sua fé atuava pelo amor (Gl 5.6). Paulo lembra a Filemon a demonstrar sua fé perdoando a Onésimo. Como discipuladores precisamos demonstrar nossa fé através de ações e gestos de amor e cuidado pelo discípulo.
3. Paulo enfatiza os efeitos do amor de Filemon na vida das pessoas (vs. 7). Eu quero dizer que vocês são uma benção! Dizer que temos sido abençoado pela vida dos discípulos. As pessoas a qual cuidamos, são consolados por meio de nossas vidas e ministérios. A sua casa é um Oasis (um lugar de benção para os discípulos). Sua vida tem sido um refrigério para os seus discípulos. O amor cristão sempre abençoa as pessoas:
  • Demonstra gratidão pelos outros (vs. 4)
  • Procura o bem dos outros (vs. 10)
  • Ajuda-os a carregar o fardo (vs. 18)
  • Acredita no potencial das pessoas (vs. 21).
4. Precisamos aprender a nos identificar com as dificuldades e falhas dos discípulos (vs. 18 e 19). Precisamos entender as falhas dos irmãos, ter compaixão por seus erros. As pessoas estão vivendo como escravos neste mundo sem ter consciência da graça de Cristo em suas vidas. Paulo não sugere que Filemon ignore os crimes de Onésimo. Cristo morreu na cruz e nossos pecados foram lançados sobre Ele (1ª Pe 2.24). Quando confiamos n’Ele, Sua justiça é lançada sobre nós. Então, Deus nos recebe como recebe seu filho.
5. Precisamos exercitar tanto a restituição quanto o perdão (vs. 12, 17 a 20). Quando nos convertemos sofremos uma profunda transformação em nosso caráter. Se roubávamos, não roubamos mais! Aprendemos a assumir nossas responsabilidades por nossos atos. Paulo assume a responsabilidade por Onésimo, mas também encoraja a Filemon a perdoar. O perdão é a marca de um verdadeiro discípulo! É deixar a outra pessoa livre e ficar livre também.
6. Precisamos entender que uma pessoa que se converte a Cristo se torna uma pessoa útil nas mãos de Deus (vs. 11). Jesus transforma um escravo fugitivo e o faz livre, santo, útil para Deus. Um discípulo precisa ser uma benção! Ele não é mais a mesma pessoa. Suas palavras mudam, sua conduta muda, suas atitudes mudam. Antes o que era problemas e vergonha agora é benção! Um discípulo é uma benção permanente! (vs. 15). E assim Paulo termina esta carta com um ensino ainda mais precioso:
  • Quando se faz as coisas do jeito de Deus, os resultados sempre transcendem as expectativas (vs. 21).
  • Tudo o que Deus faz, o faz pela intercessão de seu povo (vs. 22) o Senhor opera suas bênçãos por intermédio das orações da igreja. Quando a igreja ora, ela move o braço daquele que governa o mundo.
  • Jamais devemos deixar de valorizar as pessoas que estão a nosso lado (vs. 23, 24).
A graça deve sempre estar presente desde o início até o fim de nossas vidas (vs. 3 e 25). Paulo nos mostra que tudo que fazemos na obra precisa ser pela graça de Cristo em nós e através de nós.