"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Encontro da Comunhão de Ministérios Translocais (CMT), em Bauru/SP






 

Encontro CMT - Bauru/SP - 2012

Ao ver estes amados irmãos: Jorge Himitian, Abílio Chagas e Cristian Romo, o Espírito Santo me traz ao coração que as promessas feitas por Deus a Abraão continuam sendo liberadas de geração em geração. Afinal de contas, o que é passado de Abraão a cada um de nós? “Fé e capacidade de gerar frutos!” Quero para o meu viver a fé de Abraão e sua fertilidade! A sua obediência, sua disposição de deixar tudo para traz e avançar para um lugar onde nunca esteve antes. Deus nos tem dotado com a capacidade de ouvir e responder a Sua voz. Ele nos concede a capacidade de transformar nossas vidas e os nossos corações como discípulos ao Seu reino!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O Grande Desafio


“... mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (At 1.8).
O grande desafio que temos hoje é de pregar o evangelho no poder do Espírito Santo, fator este relegado em nossos dias. As palavras do texto acima foram as ultimas palavras de Jesus aos seus discípulos depois de ter permanecido 40 dias com eles na condição de ressurreto falando das coisas concernentes ao reino de Deus (At 1.3-9). Duas palavras chaves que encontramos no texto de Atos 1.8:

·         Poder | δύναμιν / dunamin = Poder, virtude, força idiomática, vigor espiritual, capacidade de operar milagres, excelência moral.

·         Testemunhas | μάρτιρες / mártires = Testemunha fala o que viu, o que sabe, o que experimentou. A ideia também do contexto é dar a vida por alguém ou causa. É de onde tiramos a palavra martírio.
I - IDENTIFICANDO JESUS COMO OBJETO DE NOSSO TESTEMUNHO (Hb 1)

1.  O tema do livro de Hebreus é a superioridade de Cristo e da nova aliança em relação à velha aliança (Hb 9.13-14).
·     A superioridade da pessoa de Jesus Cristo e da nova aliança:
- Superior aos anjos (Hb 1.4);
- Superior a Moisés (Hb 3.3);
- Superior sacerdócio (Hb 5.1-10; Hb 7, 8, 9, e 10.1-18); e,
- Superioridade da fé da nova aliança (Hb 11; Hb 12.1-3).
·     A glória de Jesus Cristo (Hb 1.1-14)
a.   Jesus instrumento final da mensagem divina aos homens.
Deus nos fala por meio d’Ele na nova aliança (Hb 1.1-2). O Novo Testamento não concede apenas uma revelação genérica de Deus ao mundo gentílico (“... de um só fez toda a raça humana... Para buscarem a Deus...” At 17.26-27). Assim falou de forma especial na história de Israel (Hb 1.1), o  que torna o Antigo Testamento importante na continuidade da revelação divina. O escritor de hebreus localiza-se na tradição do Antigo Testamento: “Deus falou aos pais pelos profetas” (Abraão, Moisés, Samuel, Davi, os profetas maiores, os profetas menores, etc.). Jesus Cristo é, portanto, o ponto culminante e conclusivo da revelação divina: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós...” (Jo 1.14). O elemento divino se faz necessário porque a fonte de toda revelação é Deus, mas o elemento humano idem, porque a instrumentabilidade é humana. No Novo Testamento Jesus na condição de um filho se torna a completa revelação de Deus nesses últimos dias. “Nestes últimos dias” no grego: έσχάτου τών ήμερών / eschatou ton emeron = “nestes últimos dias...” Tempo escatológico entre a primeira e a segunda vinda do Senhor.
b.   Jesus Cristo como criador
“... pelo qual também fez o universo.” (Hb 1.2).
Este Jesus de quem somos testemunhas é o criador do universo. De suas mãos surgiram o mundo visível e o invisível (Cf. Jo 1.1-3 e Cl 1.16-17).
c.   Jesus Cristo é a imagem de Deus
“Ele é o resplendor da glória, a imagem exata do Ser...” (Hb 1.3).
Ele é a imagem do Deus invisível (Cl 1.15). Por isso disse a Filipe: “Eu e o Pai somos um.” (Jo 10.30). Finalmente, “ninguém jamais viu a Deus, o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” (Jo 1.18).
d.   Jesus Cristo é quem sustenta todas as coisas
“... sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder...” (Hb 1.3).
Ele sustenta o universo pela Sua palavra, a única que pode preservar o mundo da dissolução, diante do assedio dos poderes demoníacos e da natureza descaída.
e.   Jesus Cristo é o nosso remidor
“... depois de ter feito a purificação dos pecados.” (Hb 1.3).
“Ter feito” ou “Tendo feito” no grego é ποιησάμενος / poiesamenos que no hebraico corresponde a bará (criar) (Gn 11.1 e Is 43.1), ou seja: o ato de reconciliação e redenção é idêntico ao agir de Deus na criação. A partir da morte e ressurreição de Cristo surge uma nova criação e n’Ele somos novas criaturas (2 Co 5.17).
f.   Jesus Cristo é nosso rei
“... assentou-se à direita da Majestade, nas alturas...” (Hb1. 3)
Este texto tem sua correspondência no Sl. 110.1, onde lemos:“Assenta-te a minha direita...” Jesus Cristo herdou um nome superior ao dos anjos. Hebreus tem aqui a mesma mensagem de Filipenses 2.5-11, onde está escrito que Jesus recebeu um nome acima de todo nome: κύριος / kyrios = Senhor.

II – NOSSA MISSÃO COMO TESTEMUNHAS (Hb 2.1-4)

Embora o tema de hebreus ressalte a supremacia de Cristo e da nova aliança, ele ressalta a missão cristã de proclamar Jesus e o perigo de não fazê-lo. O livro de hebreus como nenhum outro ressalta o perigo da apostasia (Cf. Hb 3.12 e Hb 6.4-6). Natureza da igreja em sua identidade está conclamada a realizar sua missão de testemunhar o evangelho de Jesus Cristo ao mundo no poder do Espírito Santo. Este é o assunto de Hebreus 2.1-4, quando nos exorta a não negligenciar tão grande salvação. A igreja em sua identidade está intimamente relacionada com a pessoa de Jesus Cristo. Em Hb 1.6, Jesus na sua relação com o Pai é o primogênito. No Antigo Testamento o primogênito tinha supremacia entre os irmãos, ele era o filho amado, tinha dupla parte na herança, ele governava na família, os irmãos mais novos eram sujeitos a ele (Dt 21.17). Em Hb 12.22-23 a igreja é denominada a igreja dos primogênitos arrolados nos céus. Desta forma ela constitui uma multidão de amados e eleitos, chamados para serem participantes da soberania universal de Jesus Cristo (Cf. 12.28). Esta é a grande salvação que não podemos negligenciar e o evangelho do reino que temos que proclamar.

III – JERUSALÉM E A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO (At 2.1-5)

No dia de pentecostes cumpre-se a promessa de Jesus aos seus discípulos. O Espírito Santo é derramado dos céus sobre eles e afluíram para o local onde estavam uma multidão composta de judeus e homens piedosos de todas as nações debaixo dos céus, preconizando o propósito de Deus de reunir judeus e gentios num só corpo (Ef 2.11-18). Nesse dia Pedro se levanta com os onze, anuncia o evangelho e compungindo aquela multidão a aceitarem sua mensagem e inclusive á receberem o dom do Espírito Santo, uma promessa para todos quantos crêem no evangelho Houve uma conversão de quase três mil pessoas (At 2.41). Mais tarde após a cura de um coxo e da pregação de Pedro o número de homens subiu a quase cinco mil (At 4.4). Sabemos também pelo relato do livro de Atos, que o evangelho alcançou todo império romano chegando até Roma a capital do império. Entretanto o livro de atos é um relato inacabado, no qual a história toda da igreja pode ser incluída, como também a história de cada um de nós que recebemos o Espírito Santo.
Concluindo, Deus falou a nossos pais de muitas maneiras pelos profetas, nos falou conclusivamente através de seu Filho, cujos atributos e qualidades vimos no primeiro capitulo de Hebreus. Como igreja participantes de sua herança somos chamados a dar testemunho d’Ele ao mundo, no poder do Espírito Santo. O batismo com o Espírito Santo é o testemunho que Deus nos dá que Jesus Cristo reina e está a direita d’Ele e quer nos capacitar por meio da pregação do evangelho, do discipulado e da comunhão cristã a cumprir tão nobre tarefa. ESTE É O GRANDE DESAFIO!

Palavra ministrada por Ademir Ifanger em reunião de pastores e líderes em Valinhos - SP.