"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



sexta-feira, 2 de maio de 2014

Propósitos do coração!



Voltar ao primeiro amor é um tema muito atual e pertinente para nossos dias (“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.” Ap 2.4). Ao retornar ao primeiro amor, iremos recuperar nossa compreensão e espiritualidade necessária para cumprirmos nossa missão neste mundo. A Bíblia nos mostra homens e mulheres apaixonados por Cristo e Sua obra, e nos inspiram a amar os perdidos e termos nossa alma incendiada pelo fogo do Espírito que nos capacita em nossa vida cotidiana. Você pode me perguntar de onde vinha esta força interior, esta paixão, esta determinação para pregar a palavra? O que produzia neles este fogo para que se entregassem plenamente a Cristo?  Podemos encontrar esta resposta na Bíblia, pois ela é a nossa fonte inesgotável de graça e amor.  Como discípulos de Cristo, precisamos compreender qual é a vontade de Deus para nós e como estruturar nossa vida num relacionamento com Ele, sobre um fundamento mais sólido. Não com padrões mundanos baseado em sentimentos, mas também em atitudes e ações! Para permanecer fiel a Deus em nossa vida cotidiana.
“Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do SENHOR, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.” (Esdras 7.10). Neste verso Esdras nos dá uma dica de como manter nosso coração focado no proposito de Deus. Gostaria de destacar três propósitos do coração comprometidos com Deus:
1. Dispor nosso coração para conhecer a palavra de Deus:
“Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a Lei do Senhor”
Precisamos se dedicar a conhecer e saber manusear bem a palavra de Deus. Deus quer se revelar a nós, mas para isso precisamos ter o interesse de busca-Lo de todo o nosso coração. É preciso manter acesa a paixão do primeiro amor. Tal como em Apocalipse 2.4, somos chamados a manter acesa a paixão por Deus, por sua palavra, precisamos mergulhar nas aguas profundas das mais sublimes revelações que emanam de Sua palavra. Ao lê-la precisamos ter respeito, atenção e cuidado, pois Deus pode estar falando conosco.
Amados, precisamos de homens que conheçam a palavra de Deus e o Deus da palavra. Vivemos um tempo de grande apostasia, de surgimento de novidades estranhas que não constam na Bíblia, que infelizmente tem encontrado guarida nos corações de muitos crentes. Muitos hoje buscam as ultimas novidades do mercado da fé (como se a fé pudesse ser comprada), correndo atrás de experiências místicas e milagres arrebatadores. Erramos ao deixar de lado o estudo criterioso da Bíblia, para ouvir vozes confusas do coração humano cheio de engano, fruto de uma geração que não conhece a Bíblia e tem cada vez mais se afastado das veredas da verdade.
2. Dispor nosso coração para viver a palavra de Deus
“...e para a cumprir...”
É importante desenvolvermos uma intimidade com Deus. Ao criar o homem, o anelo de Deus era que este desenvolvesse intimidade com o Criador, pois se encontravam diariamente no final do dia (Gn 3.8). Intimidade então é um profundo conhecimento do outro, que se expressa no ser transparente em nossas ações, precisamos viver aquilo que pregamos. Ter uma vida coerente com aquilo que a palavra de Deus tem nos ensinado. Praticar aquilo que temos transmitido a outros.
Esdras dispôs o seu coração para viver a palavra de Deus. Infelizmente hoje vivemos uma profunda crise moral em nossa sociedade, há um abismo entre o que as pessoas falam e fazem. Essa mesma crise tem atingido o povo de Deus, e tem havido uma ruptura entre a profissão de fé e a pratica. Não basta conhecer a Bíblia, é preciso viver o que nela está escrito. “A maior vergonha dos nossos dias é que a santidade que apregoamos é anulada pela impiedade de nosso viver!” (Leonard Ravenhill).
Temos vivido dias difíceis onde a mensagem do evangelho tem sido deturpada diante de um estilo de vida cada vez mais governado pelo mundo.
3. Precisamos ensinar a palavra de Deus
“...e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.”
Esdras segue uma linha de coerência. Primeiro, ele estuda a palavra. Depois, aplica essa palavra em seu dia a dia. Então, ele está apto para ensiná-la a outros. A palavra de Deus não pode ser represada em nossas vidas, precisamos compartilha-la. Do nosso coração precisa transbordar a palavra de Deus. De nossos lábios precisam jorrar os mananciais da graça de Deus. Nossa vida precisa ser um vaso útil nas mãos do Senhor, preparado para toda boa obra. O mundo carece de homens que amem a palavra de Deus, que cumpram o Seu proposito e com fidelidade se disponha a impactar vidas com o seu testemunho de fé.
Minha oração é que possamos ser despertados a ler a palavra de Deus com dedicação e aplica-la em nossas vidas. Para que outros possam através de nós serem ensinados e edificados.
Concluindo, muitos têm vergonha de falar de Cristo, vergonha de pregar o evangelho a seus amigos, a seus vizinhos. Paulo disse que não se envergonhava do evangelho. Vergonha é roubar, vergonha é fornicar, vergonha é mentir, porém não é vergonha pregar o evangelho, anunciar às pessoas uma boa notícia, especialmente sabendo que o evangelho é o poder de Deus que todos necessitam receber para serem salvos. Paulo estava convencido que o evangelho é o único meio de salvação e de transformação. A palavra poder aqui é “dynamis”; o evangelho é a dynamis de Deus. Quando pregamos o evangelho, soltamos a dynamis, a dinamite, a bomba de Deus no meio das nações. Porém esta bomba, em vez de matar, dá vida, paz e salvação. Como se envergonhar de pregar o evangelho? Paulo estava absolutamente convencido desta realidade. Rm 15.15-16, a palavra gentios pode ser traduzida também por pessoas, povos e nações, pois no grego é etnia" / etnias 
Que tremendo! Paulo arde com este desejo, que as nações, cheias de tanto pecado e iniquidade, cheguem a ser, por meio do evangelho, uma oferta aceitável, agradável, santificada pelo Espírito Santo. Que visão! Que paixão pela evangelização.