"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Jardim do Coração


“Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada. Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes, o cipreste com o nardo. O nardo, e o açafrão, o cálamo, e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra e aloés, com todas as principais especiarias. És a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que correm do Líbano!” (Cantares de Salomão 4.12-15). Conforme lemos essa bela descrição do jardim do Senhor, percebemos cinco características marcantes na figura do que deveria ser nosso coração para com Deus. Primeiro, o jardim do Senhor é um jardim fechado. Segundo, é um jardim com águas, com uma fonte selada. Terceiro, é um jardim frutífero. Um paraíso de romãs, cheio de frutos. Quarto é um jardim perfumado, com árvores odoríferas e todo tipo de especiarias. Por fim, é um jardim refrescante no qual as “águas vivas” fluem, e o perfume rescende pelo mundo inteiro. Um jardim fechado. Se o coração é para o prazer do Senhor, então tem de ser um “jardim fechado”. Isso significa um coração separado do mundo, preservado do mal, e consagrado totalmente para o Senhor. Podemos afirmar que na última oração do Senhor Jesus vemos o desejo de Seu coração de que Seu povo pudesse ser um jardim fechado. Ouvimos o Senhor dizer ao Pai que os Seus são um povo separado. “Porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” E novamente deseja que sejam um povo preservado: “Peço… que os livres do mal”. E, acima de tudo, que sejam um povo santificado: Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17.14-17). A menos que Cristo envolva nossos pensamentos e emoções, nossa mente rapidamente será tragada pelas coisas deste mundo e o coração não será mais um jardim fechado, jardim do Senhor. Mas, será um lugar de morte (Romanos 6.23) e de secura, “terra salgada e inabitável” (Jeremias 17.6).

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Uma espera ansiosa


O texto de Lucas 22.14-20 trata sobre a comemoração da páscoa. Esta que seria a ultima refeição que Jesus comeria com seus discípulos. No ápice da ceia, Jesus se levanta e diz: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento. Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no reino de Deus.” (vs. 15-16).  Jesus fala com clareza como desejava por este momento, Ele vinha esperando dia e noite por esta ceia. Algo me intriga aqui, por que aquele momento era tão importante? Poderia um jantar entre amigos representar tanto para Ele, o que havia de tão especial naquela mesa, a ponto d’Ele dizer palavras incomuns em seu vocabulário, ou seja, dizer que “a esperava ansiosamente?”.  Jesus nunca havia dito antes que esperava algo com tanta emoção!
Para os discípulos, seria somente mais uma noite de comunhão e comida farta, mas para Jesus aquela refeição era diferente de todas as outras: “Pois Ele estaria cumprindo a sua missão, aquela ceia romperia com todo o jugo das trevas, em Cristo o Pai cumpriria todo o Seu propósito de redimir toda a humanidade da escravidão do pecado.”
Eles estavam comemorando a páscoa e a páscoa era uma festa feita anualmente para lembrar a libertação do povo de Israel de todo cativeiro do Egito (Onde cada família imolava um cordeiro e aspergia seu sangue sobre umbrais das portas e a sua carne, uma vez ingerida, supriu forças para o povo iniciar sua jornada rumo a Canaã, a terra prometida).  Portanto, a páscoa era uma festa alegre, para se comemorar a liberdade que Deus operou.  Porém, os discípulos não estavam entendendo que Jesus estava se identificando como o cordeiro da páscoa, para nutrir, alegrar e libertar todo aquele que confessar o Seu nome (Romanos 10.9). João Batista ao se encontrar com Jesus já tinha proclamado: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo...”
Naquela mesma noite Jesus já tinha ensinado seus discípulos um ato de amor e serviço. Ao lavar os seus pés, Jesus demonstrou a unidade e a necessidade dos discípulos lutarem contra o individualismo. No gesto de seu mestre eles estavam aprendendo uma nova forma de se relacionar, com tolerância, ajuda mutua, aprender a se doar. A ser um em Jesus! 
Um discurso surpreendente

Cristo interrompe aquele momento fraterno, olhou para cada um deles e começou a falar palavras profundas, mas que aqueles homens não conseguiam compreender. Os discípulos estavam saboreando da mesa farta, comendo tranquilos, mas de repente, Jesus tomou o pão, o partiu e disse de forma serena e segura: “Tomai, comei, isto é o meu corpo”  e tomando o cálice deu graças, deu-lhes dizendo: “Bebei dele todos, porque isto é o meu sangue da nova aliança, que é derramado por vós.”
Jesus declara que Seu sangue iria iniciar uma nova aliança, seu sacrifício tinha um papel eterno: Seria derramado em favor de toda a humanidade. Ele morre para que não morramos, Ele sofre para que não soframos. Ele derrama o Seu próprio sangue para nos justificar.  Jesus declara que Sua vida e Seu sangue seria dado em favor de todos que o confessem diante do Pai (“Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Romanos 10.13).
O corpo retratando o acesso à natureza de Deus
Jesus estava em Seu discurso demonstrando um significado incomum ao Seu corpo: “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim.” (Lc 22.19). Jesus o cordeiro de Deus estava sendo oferecido em favor de muitos, através de Seu ato Jesus traz ao homem o acesso de se tornar filho de Deus e cumprir o propósito eterno de Deus em ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. Porem, com o decorrer do tempo ficamos insensíveis diante das palavras ditas por Jesus. Não percebemos o impacto delas. Já não temos mais alegria em compartilhar a ceia. A ceia não é mais uma celebração alegre por todos os atos que Cristo nos fez.
Por varias vezes Jesus anunciou que este momento era necessário, que Seu sangue fosse derramado e seu corpo crucificado, essa era Sua missão, por seu sacrifício o homem seria justificado diante de Deus. Sua morte seria um estandarte eterno. A ceia celebra nossa unidade com Jesus, é a comunhão entre o cabeça e seus membros.  A Ceia deve nos lembrar sempre que somos membros de um só Corpo, pois comemos do mesmo Pão, que é Jesus, o pão da vida. “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão” (1 Co 10.16-17).
Viver em verdadeira unidade é participar de um cálice comum. Com muita facilidade nos voltamos para o que é secundário, nos afastando do que é elementar e indispensável. Isso está muito presente em nos dias de hoje. Com facilidade trocamos a essência das coisas pela aparência, o conteúdo pela forma. Nos ocupamos de temas pequenos e irrelevantes para desviar nossa atenção daquilo que deveria ser o nosso foco: “ser semelhante a Jesus.” Ao nos ocupar com assuntos menores, nos mantemos distraídos e produzimos em nós o auto-engano de que estamos sendo zelosos com a Verdade. Apesar de toda a tentação contrária, precisamos manter em foco o alvo que Deus tem para nós. Sempre vale a pena pagar o preço de viver a essência do Evangelho. Por isso, não deixemos de forma alguma que as nossas complicações ofusquem a beleza da simplicidade do Reino de Deus.
Em Cristo,

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Uma vida simples...



É irônico pensar como as pessoas hoje estão famintas por uma vida simples, pois o mundo tem se tornado muito complexo. A muita informação disponível, a tecnologia cresce muito rápido. A habilidade de interagir com o mundo todo é possível e muito fácil, basta um click em seu mouse, ou na tela de seu telefone, tablet...  As coisas estão acontecendo em uma velocidade incrível. Porém, o resultado é um mundo complicado, vidas ocupadas e no meio de toda esta babel de informações e tecnologia as pessoas buscam ansiosamente por simplicidade! Elas anseiam por isso, procuram, pagam e até sonham com dias de paz e descanso. E o único meio de encontrar a simplicidade é buscá-la em Jesus, só Ele pode nos dar descanso nestes dias tão atribulados que vivemos. 
Pense nisso!