"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Sermos obedientes!


“...mas levanta-te e põe-te em pé; pois para isto te apareci, para te fazer ministro e testemunha tanto das coisas em que me tens visto como daquelas em que te hei de aparecer; livrando-te deste povo e dos gentios, aos quais te envio, para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim.” (Atos 26.16-18).
Paulo foi obediente à visão que recebeu do Senhor (“Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial.” Atos 26.19).
Não podemos deixar para depois o que Deus está mandando fazer já. O deixar para depois tem matado a vida espiritual dos cristãos. A obediência precisa ser imediata. Deus mostrou, faça, não espere para cumprir aquilo que Deus está mandando você fazer já. Precisamos ser fiéis a Deus, não ser desobedientes à visão. João 17.4 - "Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer." Para glorificar a Deus precisamos terminar aquilo que começamos a fazer para ele. Não podemos começar algo que não iremos conseguir terminar. Precisamos ter projetos coerentes com nossa capacidade de terminar. Gostaria de destacar alguns pontos importantes de se viver uma vida de obediência ao Senhor:
1. Há um principio motivador
"...mas levanta-te e põe-te em pé; pois para isto te apareci...”
Quão precioso é para nós sabermos que os laços que nos une a Deus podem ser tão firmemente amarrados que durante a nossa caminhada cristã, quando precisamos nos mover em meio as tempestades da vida, diante da agitação do mundo e de nossos deveres do dia a dia, nossa alma se mantém firme e inabalável, segura e guardada em Cristo Jesus por nossa obediência a Sua palavra e mandamentos. Pense nisso, nosso principio motivador que nos levará a amar e cumprir a vontade de Deus em nossas vidas é a obediência que prestamos ao seu chamado. Se tomarmos o ser obediente ao Senhor meramente como uma obrigação e como um ato religioso, bem rapidamente se tornará um fardo em nossas vidas. Nossa obediência a Jesus assim como nossa comunhão com Ele, nos leva a ver o Espírito Santo fluindo em nossas vidas nos levando a vivermos de acordo com aquilo que Deus quer que seja: Fazer de nós uma bênção para o mundo!
Amados sem obediência não pode haver poder espiritual para manifestar o conhecimento de Deus através de nós. A obediência a Deus nos motiva em confiança, em ousadia, temos liberdade no Espírito. Os dons se manifestam.
2. Confissão da obediência
“...para te fazer ministro e testemunha tanto das coisas em que me tens visto como daquelas em que te hei de aparecer...”
Precisamos confessar Cristo em nossas vidas, em todo tempo. Certa vez o Senhor Jesus faz uma pergunta que deve nos fazer parar e refletir: "Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" Não acontece às vezes que tomamos leviana e inconsequentemente o nome do Senhor Jesus quando oramos? Não temos direito de chamá-LO Senhor se não estamos dispostos a fazer em todas as coisas a Sua vontade (1 João 2.4). Muitos filhos de pais cristãos têm aceitado, pela graça, o Senhor Jesus como seu Salvador; mas, pode-se afirmar que realmente se renderam a Ele enquanto não reconhecem a Sua autoridade de Senhor? O verdadeiro Cristianismo consiste em não mais viver para si mesmo, mas para Aquele que morreu por nós, para O servir e esperar por Ele (1 Tessalonicenses 1.9-10; 2 Coríntios 5.15). Em sua conversa com o jovem rico, o Senhor o questionou: “Sabes os mandamentos?” (Mc 10.19). Porem, este jovem não queria confessar Jesus em todas as áreas de sua vida.
3. Praticar a obediência
“...aos quais te envio, para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim."
O Espírito Santo nos capacita a ter a confiança diante de Deus em cumprir a sua vontade em nossas vidas. Deixa eu dizer algo a você aqui: A obediência ao Senhor é uma graça que se pode alcançar. Para um andar obediente é indispensável crer que essa obediência é possível. E esta verdade é fundamentada por Deus através do profeta Jeremias: “Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.” (Jr 32.40). Que tremendo esta convicção de sabermos que ao entregarmos nossa vida ao Senhor, nosso novo coração se deleita na lei do Senhor e temos disposição para obedece-Lo!
Você já deve ter ouvido falar em tinta invisível. Você escreve num papel, mas nada se pode ler a não ser quem aquele que conhece o que está escrito. Diga a isso a quem desconhece os fatos e ela não entenderia, ai se ergue o papel sobre uma luz especial, espalhando um produto químico e assim aparece aquilo que estava escrito.
Amados, é desta forma que a lei de Cristo é escrita em nossos corações. Se você crer sem duvidar, e se dirige a Deus dizendo que a sua lei esta ali, no mais intimo do seu ser e se erguer esse coração a luz e ao calor do Espírito Santo, você vera a verdade. A lei do Senhor escrita em nossos corações significará um fervoroso coração, que ama ao Senhor de toda as suas forças de todo o seu entendimento. Essa fé será a certeza de que ter uma vida de obediência é possível
Concluindo, “não fui desobediente à visão celestial.” Motivação, consciência e pratica são regras que nos ajudará a termos uma vida de verdadeira obediência ao Senhor. Precisamos terminar aquilo que somos comissionados a fazer por fidelidade. Tudo aquilo que somos comissionados precisamos completar, pois precisamos fazer tudo o que devíamos fazer. Isso é ser obediente, aquilo que devemos fazer. Faça! Deus fala pela natureza, fala de diversas maneiras e o importante é terminarmos aquilo que Ele está mandando que façamos.

Semeadura e Colheita


“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6.7).  
Quando iniciamos em um novo trabalho ou em um projeto, ou mudamos para uma casa nova, ou qualquer mudança que possamos ter em nossa vida, temos novos sonhos e desafios. É tempo de investimento e semeadura. A vida é feita de escolhas e decisões. Se fizermos escolhas erradas e tomarmos a direção errada, nos distanciaremos do alvo de Deus para nossa vida. Se fizermos uma semeadura errada, no campo errado, faremos também uma colheita errada.  A Lei da Semeadura e da Colheita é universal. Colhemos o que semeamos e colhemos mais do que plantamos. Gostaria de destacar alguns princípios  importantes para nossa reflexão, que este verso de Gálatas nos ensina:
A Semeadura exige de nós um tempo de preparação
Antes de semear um campo, o agricultor prepara o terreno. Quando lançamos a preciosa semente sem preparar a terra, sem primeiro arar, será desastroso o nosso trabalho. Na parábola do semeador, Jesus diz que o semeador lançou a semente a beira do caminho, no chão batido e sem umidade. A semente não penetrou na terra e, por isso, as aves dos céus vieram e comeram-na. Lançou também a semente entre as pedras, a semente até nasceu, mas, por falta de cuidados, se secou. De igual forma, semeou no meio dos espinhos e a semente, ao nascer, foi sufocada e não produziu frutos. Apenas a semente que foi lançada em uma terra preparada e cuidada, frutificou a trinta, a sessenta e a cem por um (Mateus 13.3-9).
Nós somos os semeadores e também o campo a ser semeado. O campo onde a preciosa semente é lançada. Precisamos preparar o nosso coração para receber essa divina semente!    
A Semeadura exige de nós esforço e sacrifício
O salmista diz em seu poema que quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com jubilo trazendo os seus feixes. Muitas vezes devemos umedecer o solo duro com nossas lagrimas (Salmos 126). 
Semear não é coisa fácil. Exige preparo, esforço, dedicação e sacrifício.
Para semear, precisamos sair do nosso comodismo. As vezes, nessa semeadura encontramos todo tipo de resistência. Podemos ver isso na explicação da parábola do semeador. Quando Jesus diz que a semente foi atacada pelos seres espirituais, racionais e irracionais. O diabo, os homens, as aves, os espinhos e as pedras conspiram contra a boa semente. O diabo rouba, os homens pisam, as aves arrebatam, os espinhos laceram e as pedras sufocam e ferem a preciosa semente (Mateus 13.18-23). É por isso que a semeadura, muitas vezes, arranca lagrimas de nossos olhos. Porém, o semeador não desiste por causa do sacrifício da semeadura, ele sai andando e chorando enquanto semeia, na confiança de que a colheita é certa, abundante e feliz. 
A semeadura determina a colheita
Colhemos o que semeamos. A colheita é da mesma natureza da semeadura. Aquilo que o homem semear, isto também colherá.
Quem semeia amizade, colhe afeto!
Quem semeia amor, colhe simpatia!
Quem semeia bondade, colhe misericórdia!
Quem semeia no Espírito, do Espírito colhe vida eterna, mas quem semeia na carne, da carne colhe corrupção.
Não podemos colher figos de espinheiros. A colheita não é apenas da mesma natureza da semeadura, mas também mais numerosa que a semeadura. Quem muito semeia, com abundância ceifará.
Quem semeia ventos, colhe tempestade (Provérbios 22.8). A semeadura é apenas um vento, mas a colheita é uma tempestade! Nossas palavras e ações são sementes que se multiplicam para o bem ou para o mal. Precisamos ser criteriosos na escolha das sementes. Que tipo de semente devemos semear em nossa vida, em nossa família e como discípulos de Cristo? Que tipo de semeadura teremos em nossos estudos, em nossos relacionamentos e em nosso trabalho?
Como será nossa semeadura em nossa vida espiritual?
Concluindo:
Que Deus nos ajude a semearmos com alegria e com abundância no campo certo, usando as sementes certas, para colhermos os frutos certos. Nós somos a lavoura de Deus e Ele espera de nós muitos frutos, pois é assim que Ele é glorificado! “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer...”(João 17.4).   

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Pais, pessoas que inspiram...


"Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está em sua língua."
(Provérbios 31.26).
Eu sei que este texto está inserido numa palavra as mulheres cristãs, mas gostaria de usá-lo dentro do contexto da família. Pois como discípulos de Cristo, precisamos ter a compreensão que ser cristão é sobretudo ter uma vida que precisa inspirar pessoas. Como pais cristãos precisamos entender que o Senhor nos capacita a criar nosso filhos em um ambiente de graça e amor, onde a marca que se torna visível é nossa devoção ao Senhor. Como pais levamos nossos filhos no coração, nos
braços, as mães levaram por um tempo em seu ventre. Diante de todo este quadro que a mensagem de Salomão nos trás, queria destacar alguns pontos aqui:
1 - Precisamos inspirar nossos filhos a orar
Podemos inspirar e influenciar decisivamente a vida de nossos filhos pela oração. Muitas escolhas acabam mal, por não ter sido feita debaixo de oração e sabedoria e assim nos leva a fazer as escolhas corretas. Diante de Deus temos a capacidade e unção para tocar nas escolhas de nossos filhos. Precisamos ser pais que ousem interceder pelos nossos filhos e não podemos jamais desistir deles. Como disse, nossa vida de oração por nossos filhos podem deixar marcas em suas vidas.
2 - Precisamos inspirar nossos filhos pelo ensino da palavra
Todos pais são educadores. A palavra de Deus da sabedoria e a instrução da verdade deve sempre estar em nossos lábios (em todo tempo, onde quer que estejamos). A palavra de Deus diz que o ensino precisa ser respaldado pelo exemplo. Portanto, o exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única maneira eficaz de fazê-lo. Antes de inculcar a palavra em nossos filhos, precisamos tê-la em nossos corações, ser exemplo para eles. Precisamos assumir nosso papel como educadores e investirmos tempo no ensino da
palavra a nossos filhos.
3 - Precisamos inspirar nossos filhos a serem piedosos 
Hoje há uma busca incessante por conhecimento, inclusive conhecimento da palavra, mas se tem esquecido de exercer misericórdia, ser piedoso. Não podemos ser desprovidos de piedade. Como pais precisamos ser firmes na palavra de Deus, comprometidos com a oração, mas precisamos também refletir na forma como Cristo se compadecia das pessoas. Por isso, precisamos transformar conhecimento em vida, nos levando a viver uma vida piedosa, cheios do Espírito Santo, prudentes no falar, irrepreensíveis na conduta, sensatos no agir e inspirar nossos filhos na santidade e amor. Inspirar nossos filhos a andar
com Deus.
Concluindo, precisamos aprender que nossos filhos (não importa a idade aqui), nem sempre precisam o que eles querem! Mas, precisamos saber o que eles precisam. Como disse no princípio somos educadores e o papel do educador não é estar sempre agradando a vontade dos filhos, mas prepará-los para a vida, ensinado a amar a Deus acima de todas as coisas e ser responsáveis por suas escolhas.