"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



segunda-feira, 16 de março de 2015

A mordomia dos talentos


“Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu...” (Mateus 25.14-15).
Jesus, o mestre incomparável, ensinou por meio de parábolas. Elas são janelas que lançam luz no nosso entendimento e chaves que abrem o cofre da nossa compreensão. Na parábola dos talentos, registrada em Mateus 25.14-30, Jesus nos transmite algumas lições importantíssimas. Atentemos para essas lições, tirando delas lampejos de sabedoria e lições de vida para a nossa caminhada.
         Os talentos são distribuídos a todos
“Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu...” (Mateus 25.14-15).
Todos nós temos aptidões naturais. Essas aptidões precisam ser cultivadas e desenvolvidas. As aptidões são variadas e distintas. Não recebemos todos as mesmas aptidões nem as recebemos na mesma proporção. Cada um recebe os talentos de acordo com sua capacidade. Isso significa que todos nós temos um trabalho a desempenhar e um propósito na vida. Todos nós temos capacidade de produzir para o nosso sustento e para socorrer aos que estão ao nosso redor. Não somos um membro inativo do corpo nem uma peça descartável da máquina. Fazemos parte dessa engrenagem que faz mover a família, a igreja e a sociedade rumo ao seu propósito estabelecido por Deus.
       Os talentos são distribuídos na medida da nossa capacidade
      “...a cada um segundo a sua própria capacidade...” (vs 15)
      Jesus conta nessa parábola que um servo recebeu cinco talentos, outro dois e o último um. Os talentos são distintos, em quantidades variadas, porque somos diferentes uns dos outros. No corpo temos muitos membros e cada um exerce sua função de acordo com sua capacidade para o bem de todo o corpo. Assim somos nós, não apenas temos aptidões distintas, mas, também, temos capacidades variadas. Cada um recebeu o quanto podia desenvolver. Cada um recebeu na medida da sua capacidade. Deus nunca vai nos cobrar além do que nos deu. A quem muito é dado, muito é exigido. Cada um deve trabalhar na medida das suas forças e conforme o dom que recebeu.
           Os talentos são distribuídos para serem cultivados
     “O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois.” (Mateus 25.16-17). 
     Os talentos não são para serem guardados, mas desenvolvidos. Não podemos enterrar os nossos talentos. Somos mordomos de Deus e devemos cultivar com diligência o que nos foi confiado. Nossa vida não é como uma cacimba de águas paradas, mas como um rio que leva o dom da vida por onde passa. Nossa vida não é como um tesouro escondido, mas como uma fonte de bênção para aqueles que nos cercam. Jesus elogiou, na parábola, os servos que investiram, trabalharam e apresentaram seus talentos em dobro. Mas, há uma palavra severa de repreensão àquele servo que com medo ou preguiça enterrou o seu talento. Esse servo negligente perdeu o seu talento e sua própria vida.
            Os talentos distribuídos e cultivados são recompensados
“Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mateus 25.19-21). 
Jesus conta na parábola que os servos diligentes foram não apenas elogiados, mas recompensados. Eles entraram no gozo do Senhor e tomaram posse de uma riqueza incomparavelmente maior e eterna. Depois do trabalho vem a recompensa. Depois das lágrimas da semeadura, vem a alegria da colheita. Nossa recompensa não é material, mas espiritual. Nosso tesouro não está aqui, mas no céu. Nossa premiação não é neste mundo, mas no céu, quando ouvirmos daquele que está assentado no trono: “Bom está servo bom e fiel; foste fiel no pouco, agora sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”.
Concluindo, como você tem desenvolvido os talentos que Deus lhe deu? Você tem sido diligente? Você tem crescido e ajudado outros a crescerem? Você tem sido melhor hoje do que ontem? Você tem exercido seus dons e talentos para a glória de Deus e a edificação da igreja? Você apresentará a Deus os frutos do seu labor ou chegará diante dele de mãos vazias?

sábado, 14 de março de 2015

Construindo um altar de oração


“Porás o altar defronte do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me avistarei contigo...” (Êx 30.6).
Quando Deus mandou Moisés construir um santuário onde habitaria em meio ao Seu povo (Êx 25), determinou que no lugar Santo haveria um altar de incenso, onde o fogo jamais deveria ser apagado. O incenso deveria queimar continuamente. O incenso é símbolo de nossas orações:
“...e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.” (Ap 5.8). “...Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono...” (Ap 8.3).
Devemos, igualmente, orar sem cessar. O altar de incenso nos ensina algumas lições sobre a oração em nossas vidas e queria destacar algumas destas lições:
       A centralidade da oração em nossas vidas
      O altar do incenso deveria ficar no centro do lugar Santo, de frente ao véu onde estava a arca da aliança. A posição geográfica do altar de incenso já definia a centralidade da oração na vida do povo. Fomos criados para o louvor da glória de Deus. Devemos desejar com todo o nosso coração a presença de Deus em nossas vidas, mais que Suas bênçãos. Por isso, a oração não é um enfeite ou um adorno na vida de um cristão, mas sua parte mais central e importante.
      O incenso deveria queimar continuamente. Ele era para ser queimado pela manhã, à tarde e continuamente perante o Senhor. O fogo do altar não poderia ser apagado. O altar de incenso não poderia ser coberto por cinzas. Da mesma forma, não podemos deixar de orar, para que as cinzas das dificuldades e circunstancias da vida não impeçam a presença e o mover de Deus por nossas vidas. Não caminhamos pelas nossas próprias forças, dependemos de Deus, mais do que nossos próprios recursos. Deus está sempre olhando dos céus buscando alguém que se coloque na brecha em favor de Seu povo (“Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.” Ez 22.30).
          A pureza da oração
     “Não oferecereis sobre ele incenso estranho, nem holocausto, nem ofertas de manjares; nem tampouco derramareis libações sobre ele.” (Êx 30.9).
      Deus não se agrada com uma oração com motivações erradas. O texto nos ensina que o incenso precisava ser puro, Santo e não estranho (Êx 30.9, 34). Deus não aceita incenso estranho, orações contaminadas pela vaidade, que são frutos de uma vida sem temor, que nasce em um coração endurecido. A oração do perverso é abominação para Deus (Pv 28.9: “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.”).
      Perde o sentido, se aumentarmos nossa vida de oração fora do propósito de Deus, se nossas orações e nossas vidas não estiverem de acordo com a vontade de Deus para nós. Não adiante honrar a Deus com nossos lábios se o nosso coração estiver longe de Deus (Mt 15.8: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.”).
          Os componentes da oração:
     “Disse mais o SENHOR a Moisés: Toma substâncias odoríferas, estoraque, ônica e gálbano; estes arômatas com incenso puro, cada um de igual peso e disto farás incenso, perfume segundo a arte do perfumista, temperado com sal, puro e santo. ...” (Êxodo 30.34-35).
     O incenso era feito de quatro componentes:
· Estoraque – Era extraído de um arbusto sem incisão, sem corte na árvore. A resina fluía espontaneamente. De igual modo nossas orações devem ser livres e espontâneas.
· Onicha – Extraído de um molusco marinho. Isso nos ensina que a oração deve partir das profundezas da nossa alma.
· Gálbano – Um arbusto do deserto. Suas folhas deviam ser quebradas e moídas para a extração do perfume. As orações devem brotar de um coração quebrantado e contrito.
· Sal – O sal é um símbolo de nossa vida (Mt 5.13) e nossa vida é a parte mais importante da nossa oração.
      Concluindo, nossa ardente expectativa é que Deus nos desperte para uma vida mais abundante de oração. Que o incenso de nossas orações suba sempre a presença de Deus como aroma suave e que o fogo jamais apague no altar de nossa vida. 

quinta-feira, 12 de março de 2015

Um apelo a renovação!


Ao meditarmos no Salmo 51, chegamos a conclusão que só poderemos fazer a obra de Deus se tivermos uma fé renovada (com estilo de vida coerente com ela).  A composição do Salmo: Davi, após ser confrontado pelo profeta Natã, por causa de seu adultério com Bate-Seba e Urias o Heteu, se vê com uma importante necessidade: “Mais do que nunca precisamos ser renovados em nossa fé.”
Consciência e confissão de pecado (Sl 51.1-9).
     “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.” (vs. 3). Davi não ficou indiferente diante de seu erro, ao contrario Davi clamou ao Senhor por:
· Compaixão divina;
· Purificação, pois o pecado deixa sequelas;
· Reconheceu seu pecado e pediu que Deus apagasse tudo; e,
· O pecado é um vírus que reproduz (rapidamente).
      Como tem sido nossa reação diante de nossas falhas e pecados?
     Por isso precisamos da renovação, pois ela traz consciência de nossa situação diante de Deus.
     Força espiritual (Sl 50.10-11)
     “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito.” (vs. 10-11).
    Através da oração. E é exatamente este o clamor que Davi está fazendo. É o mesmo critério que Paulo nos ensina em Ef 6.10. Através de uma vida de retidão e pureza.  “Renova dentro de mim...” Através da presença constante e ativa do Espírito Santo em nós (“enchei-vos do Espírito Santo” Ef 5.18). O extraordinário através de nós será obra do Espírito Santo.
      Alegria espiritual (Sl 50.12)
    “Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.” (vs. 12).
     “Restitui-me...” Nós perdemos isso! Espírito voluntário é resultado de alegria. Alegria aqui é diferente de prazer. O prazer vem dos sentidos do corpo. A alegria procede de um coração transformado pelo Espírito Santo: 
      Atos 2.25-26: “Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado. Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança.”
     Atos 2.46: “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração.”
     Atos 13.52: “Os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito Santo.” à (Mesmo em meio a angustia e perseguição)
     Testemunho de fé (Sl 50.13)
    “Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti.” (vs. 13). Demonstrando assim o resultado de uma vida transformada por Cristo. Vamos falar de nossa fé, de nossas experiências. E as pessoas verão isso através de nossos atos e ações.
     Concluindo,
     Apelo à renovação:
     Atitudes:
· Consciência do pecado e confissão;
· Fortalecimento espiritual;
· Alegria da salvação;
· Testemunho
     Queremos isso? Essas são coisas simples!