"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



quinta-feira, 24 de julho de 2014

A vida em comunidade


Atos 2.44, diz assim: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.” Atos 4.32, nos ensina que: “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.”
O crescimento espiritual é produto da vida em comunidade. A palavra comunidade tem a mesma raiz da palavra grega κοινονια / koinonia, que significa comunhão. Pode ser definida como todo agrupamento de pessoas em torno de direitos, responsabilidades e alvos comuns. Sua expressão coletiva define sua Natureza (origem), Identidade (o que ela é), e sua Finalidade (para que existe).

1. Natureza da Comunidade Cristã

A comunidade cristã difere essencialmente de quaisquer outras comunidade. Sua natureza (origem) é divina. Compreende o Eterno Propósito de Deus de ter um povo exclusivamente seu (2Co 6.16-18; 1Pe 2.5-9; Ef 4.1-6 e Tt 2.13-14). A comunidade cristã se expressa no mundo como:
· A família de Deus Pai
· O corpo de Deus
· O templo do Espírito Santo (Ef 2.19; Ef 1.22-23 e Ef 1.22)
Sua missão consiste em manifestar e dispensar o Deus Triuno (Cl 2.9 comparar com Ef 3.10-21).
2. Importância da Comunidade
Marcos 3.14-15 “Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios.”
O exemplo de Jesus. Chamou doze homens para estarem com Ele, ensinou-os a manterem relacionamentos íntimos com Deus e entre eles (conferir Mt 20.25-26), e tão somente depois foram enviados. O propósito de Deus é formar um povo, uma entidade coletiva, onde possa colocar  o seu nome (Glória, honra, natureza e caráter). A comunidade é o principal elo com Deus (1Co 11.3 e Ef 1.22-23) e com os Homens (1Co 12.13; At 2.42-47 e Ef 4.1-16).

3. Uma Comunidade Missionária em Torno de Jesus

A comunidade cristã deve estar reunida em torno da pessoa de Jesus Cristo. Dois ou três é representativo de uma comunidade de pessoas em volta de Jesus, comprometidas com Ele, adorando-O e dispostas a servi-Lo e ao Seu Reino neste mundo (Mt 18.20). A comunidade primitiva, um corpo de testemunho no poder do Espírito Santo (At 1.8). O testemunho procedia da comunhão e terminava por levar outros a mesma comunhão (1 Jo 1.1-3). A vida em comunidade servia de plataforma para testemunho poderoso dos apóstolos (At 2.42-43). O mundo só vai conhecer que somos discípulos através da vida em comunidade (Jo 13:34-35).

Conclusão:

Escolher a Cristo, não é somente uma relação com Ele, mas escolher tomar um lugar na comunidade local, onde se possa encontrar:
a. NUTRIÇÃO:
Ensino, palavra, exemplo, disciplina.
b. PROTEÇÃO:
Pela oração, conselho, comunhão, supervisão e cobertura espiritual.
c. FORMAÇÃO:
Pelos mandamentos claros e o controle por fazer juntos a obra de Deus pela convivência transparente.
d. INTEGRAÇÃO:
Pelo conhecimento e envolvimento na comunidade de fé e pela ajuda mútua. Isto é, o corpo unido entre si pela ajuda mutua.
“... de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” (Efésios 4.16).  
“...e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.” (Colossenses 2.19).  


sábado, 5 de julho de 2014

Falta de reverência, o perigo de nossa obstinação!


“Porque eu sabia que eras obstinado, e a tua cerviz é um tendão de ferro, e tens a testa de bronze.” (Isaías 48.4). Estava meditando neste texto de Isaías e comecei a refletir um pouco sobre a forma como o Senhor nos criou, Deus nos criou eretos, porem precisamos aprender a dobrar nossos joelhos e nos curvar, principalmente diante do Criador. Mas as vezes (ou quase sempre) esta é uma posição incomoda e não temos facilidade em nos curvar. Na maioria das vezes somos resistentes a nos dobrar e ajoelharmos (“Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo obstinado.” Êxodo 32.9). 
Algo que me chama a atenção neste texto, é que Deus está nos exortando, dizendo que o tendão do pescoço do povo era de ferro e a sua testa era de bronze. Fico imaginando como as vezes nos portamos assim, somos orgulhosos, obstinados e teimosos. Assim caímos no erro de se tornar alguém que não se dobra, não se ajoelha, não coloca o rosto no chão.
Amados, precisamos descobrir a graça que existe nos joelhos dobrados, em se humilhar na presença do Senhor. Quando nos ajoelhamos, quebramos o orgulho e tudo que impede o fluir da graça do Pai em nossas vidas. Ao nos ajoelharmos nos aproximamos de Deus e esta é uma reverencia aceita por Deus, demonstramos nossa confiança e comunhão com Ele (1 Pedro 5.6-7).
Podemos ver na Bíblia, pessoas extremamente necessitadas aproximando-se de Jesus e se ajoelhando diante d’Ele para suplicar por seu favor e vale a pena relembrarmos: Como Marcos cita o homem leproso que se ajoelha diante do Redentor: “Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me.” (Marcos 1.40). Ou o clamor de um pai desesperado diante da grave doença de seu filho: “E, quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse: Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas, na água.” (Mateus 17.14-15). Precisamos voltar aos joelhos dobrados. Nossa oração rompe as barreiras e quebra as amarras que nos prendem. As vezes caímos no engano de achar que as circunstancias, dificuldades que enfrentamos são maiores e mais forte do que nós, neste momento precisamos olhar para o exemplo que vários homens e mulheres da Bíblia. Eles se punham de joelhos diante de decisões e dificuldades que estavam enfrentando, como Salomão, diante do desafio de governar a nação se põe de joelhos diante do Senhor: “Sucedeu, pois, que, acabando Salomão de fazer ao Senhor esta oração e esta suplica, estando de joelhos e com as mãos estendidas para os céus, se levantou diante do altar do Senhor.” (1 Reis 8.54). Vemos também Esdras em sua indignação pela nação, caindo de joelhos e clamando ao Senhor: e perto do sacrifício da tarde me levantei da minha aflição, havendo já rasgado as minhas vestes e o meu manto, e me pus de joelhos, e estendi as mãos para o Senhor meu Deus...” (Esdras 9.5). Quantos de nós não somos colocados em situações difíceis de resolver, você inclusive neste momento pode estar sendo perseguido em seu trabalho ou escola, pode ainda estar sendo caluniado e tendo pessoas armando para sua vida. Deixa eu te dizer algo sobre este homem de Deus: Daniel! Ao saber dos planos que conspiravam contra ele, ao ponto dele ser lançado na cova dos leões, qual foi sua reação: “Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa... e se punha de joelhos, e orava e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer...” (Daniel 6.10). O Senhor enviou o Seu anjo e fechou a boca dos leões! Eu poderia ficar horas aqui escrevendo várias situações em que homens e mulheres se colocaram de joelhos diante do Senhor clamando por Seu socorro, mas eu gostaria de dizer algo a você amado irmão, Paulo escrevendo aos efésios revela uma graça valiosa: “Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai e oro para que Ele os fortaleça com poder, por meio do Seu Espírito.” (Ef 3.14-16).  Precisamos voltar a pratica da suplica, do rogo, pois em relação a oração nossos joelhos não podem ficar ociosos. Eles foram feitos para se dobrarem diante do Todo-Poderoso, por isso o salmista nos convida: “Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador” (Sl 95.6). Amados precisamos aprender a fazer isso para que, na plenitude da graça:  “...ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fp 2.10-11).
A Deus toda a gloria!