"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



segunda-feira, 24 de março de 2014

Ética cristã e moralidade!


A sociedade atual está abandonando o conceito de moralidade, substituindo-a por um conceito ideologizado de justiça social. Talvez isto ocorra pela dificuldade de diferenciar a ética de moral. A ética entre outras coisas investiga a natureza do comportamento social. A moral é este comportamento traduzido em costumes, normas e consenso dentro do processo de socialização. A convivência social, portanto prescinde da moral. Já dizia Espinosa que o ser humano é mais livre na companhia de outros do que na solidão. Mas certamente, esta natureza social exige que a moral esteja presente na relação. Uma relação desnormatizada, onde o bem comum não é viabilizado promove a barbárie. Muito se tem criticado em nossos dias a moralidade sempre atribuída à um conservadorismo retrógrado face às mudanças culturais prevalecentes. Em certo sentido isto pode ser compreendido porque a racionalidade obscureceu em muito as verdades do cristianismo. Mas vamos sem pretensão de originalidade repor as coisas: 1) Deus revelou na Lei sua vontade moral para com os homens; 2) O ser humano não é capaz de agir moralmente de acordo com essa vontade revelada sem auxílio da graça divina. Disto temos duas grandes diretrizes que influenciaram em muito a civilização ocidental: a) O dever ser; e, b) a Intencionalidade. A primeira se refere à atitudes observáveis. A segunda a necessidade de interioridade. Deus revelou sua vontade não só de forma escrita, mas também no coração do homem (Jeremias 31.31-33). Portanto, a moral cristã não é vivida à partir da exterioridade, mas à partir daquilo que é impresso pelo Espírito Santo no coração do homem.
Ademir Ifanger.