"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



sábado, 19 de novembro de 2016

Chamados para brilhar!


“…brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5.16).  Deus nos chamou do mundo para nos enviar de volta ao mundo como luz. Somos tão diferentes do mundo como a luz é diferente das trevas. Não fomos chamados para ser influenciados pelo mundo e nem para imitar o mundo. Fomos chamados para amar e ser um instrumento de transformação no mundo. Por isso amados, são as pequenas ações de pessoas comuns que mantêm as trevas distantes. Pequenos gestos de bondade e amor. Jesus nos ensina isso também. Ao avisar-nos que viveríamos em tempos de trevas, Ele nos lembrou que, por Sua causa, somos “a luz do mundo” (Mateus 5.14) e que nossas boas ações seriam o poder contra a escuridão, para a glória de Deus (v.16). Pedro, escrevendo aos cristãos que enfrentavam grande perseguição, disse-lhes que vivessem de forma que aqueles que os acusavam, “…observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1 Pedro 2.12). Há um poder que as trevas não podem conquistar: “A força dos atos amorosos de bondade feitos em nome de Jesus.” É o povo de Deus que dá a outra face, anda mais uma milha, perdoa e ainda ama seus inimigos. Assim, busque a oportunidade privilegiada de realizar atos de bondade hoje para trazer a luz de Cristo a outros.
A NOSSA LUZ COMEÇA A BRILHAR COM A CONSCIÊNCIA
DA CRISE QUE NOS CERCA
Como igreja vivemos um perigo constante, o perigo de querer viver imitando a vida dos incrédulos que vivem ao nosso redor. Por isso, temos perdido o poder espiritual. Só vamos influenciar e ganhar o mundo quando formos exatamente diferentes do mundo. Tem se perdido o valor da santidade, parece-me que estamos nos acostumando com o pecado.
Luz e trevas não andam juntas. Onde a luz brilha, as trevas são dissipadas. Luz e amor, trevas e ódio são opostos. O verdadeiro cristão que conhece a Deus e anda na luz, obedece a Deus e ama a seu irmão. Fica visível sua fé genuína em sua correta relação com Deus e com o homem. Deve existir coerência entre o dizer e o fazer. Não há lugar aqui para indiferença. O amor é ativo como a luz. Não existe penumbra como meio termo. Não há meio termo nem neutralidade nas relações pessoais. Não podemos estar em comunhão com Deus e com as relações quebradas com os nossos irmãos ao mesmo tempo. Não podemos cantar hinos que falam do amor e ao mesmo tempo guardarmos mágoa no coração. É fácil amar os pagãos distantes, mas o plano de Deus é amar os membros da sua família, os irmãos da sua igreja, com quem você está em contato a todo o tempo.
A NOSSA LUZ BRILHA COM NOSSA CONSCIÊNCIA DO NOSSO CHAMADO
Fomos chamados e vocacionados por Deus para ser luz em meio as trevas, mas as vezes parece que nos esquecemos de nosso chamado, nos calamos e nossa luz se apaga, ficamos como o profeta Jonas, Jonas presumiu que sabia resolver os problemas de Deus melhor do que o próprio Deus e assim, por causa de seus preconceitos teológicos, recusou-se a ser um missionário além fronteira e uma bênção para os outros. Quando Deus chama Jonas e o envia para que sua luz brilhe entre os ninivitas, Jonas decide por conta própria o destino desta ímpia nação. Vai entra em um navio no sentido oposto a seu chamado e dorme o sono da indiferença. Os marinheiros quando foram assolados pela tempestade oraram intensamente aos deuses e buscaram socorro, mas Jonas ao mesmo tempo dormia o sono da indiferença e da fuga. Ele, quando exortado a invocar o seu Deus, não o fez. Apenas quando foi desmascarado como o culpado da trágica tempestade revelou sua identidade, escondendo, entretanto, o fato de ser profeta. Quando os marinheiros lhe perguntaram: “Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual a tua terra? E de que povo és tu?” (1.8) Jonas não respondeu qual a sua ocupação. Ele mesmo não diz que é um profeta. Sua resposta foi ambígua. Jonas não se assume como profeta nem age como profeta. Os ninivitas ao ouvirem a voz de Deus se arrependeram e se humilharam desde o rei até às crianças. Jonas ouviu a voz de Deus e fugiu. Eles oraram com fervor e Jonas reclamou com amargor. Os pagãos demonstravam mais fervor que o profeta. A religiosidade deles era mais vívida do que a do profeta. É lamentável que os idólatras e seguidores das seitas heréticas sejam mais zelosos na sua prática religiosa do que aqueles que foram escolhidos, chamados, remidos e santificados por Deus. Aqueles que vivem sem a luz do evangelho, muitas vezes, demonstram mais zelo em suas crenças vãs do que os filhos de Deus, que têm a Palavra e Espírito Santo para guiá-los a uma vida abundante.
A NOSSA LUZ BRILHA COMO RESULTADO DE UMA VOLTA PARA DEUS
A nossa luz começa a brilhar quando voltamos as costas para o pecado e a face para Deus. Não é apenas um retorno à igreja, à doutrina, a uma vida moral pura, mas uma volta para uma relação pessoal com Deus. Os fariseus amavam mais a religião do que a Deus. Eles estavam mais apegados aos costumes religiosos do que a comunhão com Deus. A maior prioridade da nossa vida é Deus. Fomos criados para glorificarmos a Deus e desfrutarmos da sua intimidade. Não podemos estar somente envolvidos com a obra de Deus, mas não temos intimidade com o Deus da obra. Somos ativistas, mas não nos assentamos aos pés do Senhor. Deus está mais interessado em nossa relação com ele do que no nosso trabalho. Exemplo: Quando Jesus foi restaurar Pedro ele lhe deu uma lista de coisas para fazer, mas lhe perguntou: tu me amas? A volta para Deus é o primeiro degrau para que nossa luz brilhe.
Concluindo, ilumine as pessoas que fazem parte do seu dia a dia com atos de bondade. Quando entendemos o nosso chamado, nós voltamos para Deus e obedecemos seus mandamentos e deixamos Sua luz brilhar em nossas vidas coisas tremendas vai acontecer:
· Ao invés de fome, vai haver fartura;
· Ao invés de opressão do inimigo, terá libertação;
· Ao invés de seca, terá chuvas abundantes;
· Ao invés de prejuízo, vai ter restituição;
· Ao invés de vergonha, terá louvor;
· Ao invés de lamentações e solidão, teremos a plena consciência de que Deus está presente.