"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Discipulado


“O presbítero ao amado Gaio, a quem eu amo na verdade. Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma. Pois fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade. Amado, procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros.” (3 João 1-5). Esta carta de João a Gaio, demonstra algumas realidades acerca do discipulado. Gostaria de destacar algumas destas realidades:
1. Testemunho: Uma destas realidades é o nosso testemunho. João fala 3 vezes esta palavra (vs. 3, 6 e 12). O seu significado são é somente o que dizemos, mas também o que fazemos. Cada um de nós é responsável por nossas ações, sejam elas boas ou más. Não há neutralidade quando se trata da vida cristã.  João ao escrever esta carta especificamente ao seu discípulo Gaio, trata ele com muito afeto e se alegra ao receber boas noticias acerca de seu testemunho (versículo 4). Gaio era um homem que andava na verdade. Ele não só acreditava na verdade, mas andava na verdade, não havia um conflito entre aquilo que ele falava para aquilo que ele fazia. As pessoas podiam ver Cristo em sua vida.
     2. Afeto compartilhado: João não chama apenas Gaio de amado por três vezes (vs. 1, 2 e 5), mas reforça seu conceito, afirmando: “a quem amo na verdade!” O amor cristão não é apenas para ser vivido, mas também para ser declarado e demonstrado. Gaio era uma pessoa especial. Era daquele tipo de pessoas que atrai a atenção dos outros por sua bondade, amor e testemunho. O afeto de João por seu discípulo era demonstrado no vs. 2. Gaio era um homem de vida espiritual saudável, e aqui João nos ensina que a verdadeira prosperidade não esta nem na riqueza e nem na saúde, mas numa vida espiritual comprometida com o Senhor e Seus ensinos. É lindo ver aqui João intercedendo a Deus pela prosperidade de Gaio em todos os sentidos (físico, material e espiritual). Como discipuladores precisamos ter interesse pela saúde espiritual da alma e a saúde física do corpo de nossos discípulos.
     3. Alegria: As pessoas que iam visitar João davam um bom testemunho de Gaio, comentando como Gaio era fiel a Deus em todos os seus atos e ações. Isto trouxe grande alegria a João (vs. 4). A maior alegria de João não era financeira, mas espiritual. Sua recompensa não era monetária, mas ver seus filhos espirituais andando na verdade. João entendeu quando o Senhor Jesus ensinou sobre esta alegria (João 15.11 diz: “Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa.”). João considerava como maior de toda alegria que pudesse experimentar era saber que seus discípulos iam bem espiritualmente.