"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Intimidade com Deus


A busca incansável pelas bênçãos de Deus é a maior motivação hoje em nossos dias, porém, esta busca não visa à manifestação da glória de Deus, mas o bem estar do ser humano. Tudo gira em torno do homem e suas necessidades. O homem é o começo, o meio e o fim. Tudo é feito pelo homem e para o homem.
Deus e Sua graça acabam sendo um instrumento secundário que trabalha para a realização de todos os desejos e vontades soberanas do homem. Infelizmente acabamos assistindo a um show diário, onde há uma divinização do homem e a humanização de Deus. Vivemos em meio a uma cultura humanista, onde seu estilo de vida tem soprado seus ventos de conduta para dentro da igreja.   
Carecemos de um mover de Deus para corrigir estas distorções. Necessitamos ter mais sede de Deus, do que de Suas bênçãos. Precisamos como discípulos buscar a intimidade de Deus com anseio e se empenhar para alcançá-la. Ter consciência que é mais importante a comunhão com o Senhor do que com as coisas. As torrentes de Deus só caem sobre a terra seca. O Espírito Santo só é derramado sobre os sedentos (Is 44.3). Só os que anseiam por Deus conhecem a intimidade de Deus. Só os sedentos terão sua sede saciada (Mt 5.6). O Salmo 42 ilustra bem está sede que precisamos ter. O salmista está em crise. E na tentativa de fugir de suas angustias ele vai para o deserto. Ele escolhe o deserto do Neguebe como morada. O lugarzinho ruim de se viver, cheio de pedregulhos e cascalho, areia por todo lado, repleto de montes e vales (altos e baixos) lugar ermo e perigoso. Quantas vezes em nossas crises também buscamos refugio em lugar errado. Não era este o lugar que Deus tinha para ele, havia uma inquietação em seu intimo. Pois de repente, ele olha e vê uma corça e Deus começa a falar com ele. Ele consegue discernir que aquele animal clamava por água. E ele se vê gritando em seu coração uma busca esquecida de sua satisfação interior e diz: “Deus esta busca do animal pela água retrata a minha sede por ti. Eu não consigo viver sem Sua presença. Eu anseio por ti mais que tudo.” (Salmo 42.1-2). Às vezes entramos em desertos e isto é um fato, porém, não podemos estar indiferentes e desatentos com o que Deus pode fazer em nossas vidas. Deus pode falar, Ele pode usar uma corça, não podemos estar distraídos com situações que sempre o inimigo coloca para tirar nosso olhar do foco. O Senhor fala em nossas crises, em meio ao caos. Não podemos nos acostumar com o deserto e ficarmos despreocupados com o que acontece em nosso redor. Há um perigo!
Podemos nos acostumar a viver uma vida de sequidão espiritual. Uma vida vazia, uma alma murcha e sem esperança. Não podemos nos tornar uma terra árida, exausta e sem água, Davi nos alertou para isso (Salmo 63.1).
Davi entendeu algo tremendo nos desertos que ele experimentou em sua vida: “A intimidade com Deus é viver com Deus, não importa onde estivermos.” É viver em Deus! É viver para Deus! É mergulhar no oceano inesgotável de Sua comunhão! Deixe eu te fazer uma pergunta: “Temos conhecido essa sede de Deus? Nosso coração anseia por Ele? Nossa alma clama pela presença de Deus?” A marca que fica em nosso coração quando temos essa sede é o sinal daquele que sempre quer mais de Deus. Como Moisés tinha, pois mesmo depois das revelações que ele recebia do Senhor no Sinai, ele ainda queria mais, esperava por mais, buscava mais. Ele ainda pedia para ver a glória de Deus!
Concluindo, Deus é o maior prazer de sua vida? Quando Deus é o centro e o conteúdo de nossa vida, nós passamos a conhecer a intimidade de Deus. Experimentamos o derramamento de Seu amor em nossos corações, somos banhados pelo óleo da alegria indivisível e ficamos cheios da presença do Espírito Santo em nossas vidas. Começamos a desfrutar e compreender as insondáveis riquezas de cristo. Que o nosso coração corra agora para o Deus vivo, manancial de águas vivas! (Jeremias 2.13).
No amor de Cristo, Chico.