"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



sexta-feira, 27 de junho de 2014

Cuidado com as raposas!


"Apanhai-nos as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor." (Cantares 2.15).
Estamos vivendo dias onde o casamento e a família tem sido mortalmente atacados. Há um descrédito a legalidade das instituições familiares e sem percebermos está em todo vapor uma corrente para desconstruir valores e princípios nos relacionamentos.  As vezes em minha vida e ministério  me deparo com circunstâncias, que a principio parecem ser coisas simples de se resolver, mas no final é somente a ponta de um iceberg. Ao meditar neste texto de Cantares, vejo a sabedoria de Salomão nos dando um aviso acerca do cuidado que precisamos ter em nossos relacionamentos familiares, a situações e circunstâncias que nos rodeiam e que vem como ladrão para roubar a alegria no casamento, na família, nos relacionamentos: “Cuidados com as raposas.”   Eu sei que não existe uma formula para se cultivar um relacionamento familiar. Porém, precisamos estar dispostos a cultivar um bom relacionamento, como um sábio agricultor tem habilidade para tirar os melhores frutos de seu pomar, devemos buscar em Cristo a graça para ministrar a alegria em nossos relacionamentos. Por estes dias ouvi um testemunho de um terapeuta familiar ao orientar um jovem casal que o questionava acerca de como ter uma relação harmoniosa entre eles, achei interessante e importante seu conselho a este jovem casal:
“Se vocês querem ter um casamento harmônico, “não tenham nem televisor nem computador em casa” nos primeiros dois anos de casado!”. Eles se entreolharam, com um esboço de sorriso e uma expressão de interrogação, perguntando-se se eu estava falando sério ou se era apenas uma piada, entre as muitas que eu havia contado durante a palestra. Então eu continuei, solene: “Bem, me digam uma coisa, se vocês não tiverem televisão nem computador nos dois primeiros anos de casado, no final do expediente irão chegar em casa, jantar e em seguida farão o que?”. Eles soltaram uma gargalhada e responderam: “Conversar!”.
Realmente não há fórmulas mágicas para um sucesso no casamento, senão o diálogo. Nos dias atuais, a televisão e o computador são os maiores “ladrões do diálogo conjugal e familiar”. As pessoas chegam em casa cansadas de expedientes muitas vezes torturantes e querem “não pensar”. Apenas se jogam em frente à televisão ou ao computador e ali deixam a mente vagar pelos espaços cibernéticos, sem fazer esforço algum, senão o de mexer os dedos para zapear ou o de teclar e clicar o mouse.
Deixa eu te dizer algo aqui, muito cuidado com esse relax! Existe muito lixo no espaço cibernético e nas programações televisivas que sorrateiramente como uma raposa, se acumula nos cantos da mente e produz, em médio prazo, um mal comportamental que infecta os relacionamentos. Muitas vezes ouvimos comentários de mulheres cristãs, afirmando que estavam torcendo para que uma determinada personagem da novela abandonasse o marido e ficasse com o amante, pois o primeiro era malvado e cruel, enquanto o segundo era adorável, amável, companheiro. Esse lixo entra silenciosamente nas mentes e vai distorcendo os valores.
Algo
tem me alarmado em minhas conversas com amigos pastores sobre inúmeros casos de homens e mulheres com uma vasta bagagem cristã, mas que, de um momento para o outro, se vêem envolvidos em pornografia pela internet. Isso por terem “inocentemente” entrado em salas de bate-papo e, paradoxalmente, não terem mais espaço de diálogo com o cônjuge. Amados irmãos, Jesus nos alerta: “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir; mas eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa” (Jo 10.10).
Cuidemos então de cultivar o diálogo conjugal e familiar e de manter os
ladrões distantes de nossa casa. Talvez você não precise desfazer-se de sua televisão ou computador, mas precise orar a Deus para desenvolver o fruto do Espírito Santo, que inclui o domínio próprio (Gl 5.22). Dominar o impulso de chegar em casa e ligar a televisão ou o computador e aproveitar o tempo para um fecundo diálogo conjugal e familiar é, sem dúvida, sinal de maturidade espiritual.