"Cristãos na teoria nem sempre são
discípulos na prática"



terça-feira, 11 de junho de 2013

O exército de Deus


“...aos chamados, santificados em Deus Pai, e conservados por Jesus Cristo: Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados.” (Judas 1.1-2).
Ao lermos a epístola de Judas percebemos que as pessoas para quem ele escreveu sua carta não são identificados por sua localização geográfica, mas por sua posição espiritual. Os cristãos são chamados, amados e guardados por Deus. Este grupo de três palavras acentua o fato da salvação ser obra exclusiva de Deus. É resultado de Sua soberania, Seu amor e Seu poder. Seu desígnio inicia na eternidade, caminha através do tempo e se cumpre na eternidade.  
 Judas acentua duas verdades sobre os cristãos. Judas usa três expressões para descrever os discípulos de Cristo: Os chamados, os amados e os guardados. Essas expressões revelam o profundo compromisso de Judas com as doutrinas da graça. Judas destaca três grandes doutrinas da graça: A eleição incondicional, a vocação eficaz e a perseverança dos santos. Aqueles a quem Deus conhece de antemão, os seus amados, a esses Deus chama eficazmente e dá-lhes segurança eterna. A trindade está comprometida nessa gloriosa obra de nossa redenção: o Pai elege, o Espírito Santo chama e o Filho dá segurança. Judas nos convida a analisarmos essas três verdades soberana da fé cristã:
1. Os chamados - Os cristãos a quem Judas se dirige foram tirados da morte para a vida, das trevas para a luz, da escravidão para a liberdade. Foram escolhidos soberanamente por Deus e chamados eficazmente por Sua graça. O mesmo Deus que nos predestinou, este também nos chamou. A palavra de Deus nos fala sobre dois chamados, um geral e outro específico. Um externo e outro interno. Um dirigido aos ouvidos e outro ao coração. Todos aqueles a quem Deus conhece de antemão e predestina, a esses também chama a cumprir Seu eterno propósito (Romanos 8.29-30). O chamado de Deus é eficaz, pois os discípulos de Cristo ouvem a sua voz e o seguem (João 10.27).  
2. Os amados - O amor de Deus é incondicional e eterno. Deus nos amou desde eternidade porque Ele é amor. Nosso amor por Deus é apenas um reflexo do amor de Deus por nós. Deus nos amou primeiro. Ele nos amou não porque viu em nós virtudes, mas a despeito de sermos pecadores. Ele nos amou não por causa dos nossos méritos, mas a despeito dos nossos deméritos.
3. Os guardados - Enquanto Deus preserva os anjos caídos (vs 6) e os falsos mestres (vs 13) para condenação, Ele preserva os cristãos para a glória (vs 1). Judas anuncia aqui a doutrina da preservação dos santos e a doutrina da condenação do incrédulo. Ao mesmo tempo que Deus julga aqueles que abandonam a verdade, Ele salva aqueles que perseveram na verdade. Os apóstatas podem pecar, cair e sofrer condenação, mas os verdadeiros discípulos são guardados em segurança, em Cristo, por toda eternidade.
Concluindo, um apóstata não é um cristão verdadeiro que abandona a salvação. Antes, é uma pessoa que declara ter aceitado a verdade e a salvação em Jesus Cristo, mas se desviou da fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (vs 3). Judas declara que Deus pode ser justo e o justificador do que tem fé. Agora, deixamos de ser réus para sermos filhos. As barreiras que nos separava do amor de Deus foram removidas. Temos livre acesso a Sua presença. Jesus é esse novo e vivo caminho para Deus. Então, temos paz com Deus!!!